Rumi (LWDU:104-106) – um ladrão à noite

tradução

De repente
[ainda que de alguma forma esperado] ele chegou
O convidado . . .
o coração tremendo
“Quem está aí?”
e alma respondendo
“A lua . . .”

entrou na casa
e nós lunáticos
corremos para a rua
olhando para cima
Procurando
pela lua.

Então—dentro da casa—
ele gritou
“Aqui estou!”
e nós
além do alcance da voz
Correndo em volta
chamando ele. . .
chorando por ele
para o rouxinol bêbado
trancado lamentando
em nosso jardim
enquanto nós
pombas de luto
murmurávamos “Onde
Onde?”

Como se fosse meia-noite
os dormentes se levantam
em suas camas
ouvindo um ladrão
invadir a casa
na escuridão
eles tropeçam
chorando “Socorro!
Um ladrão! Um ladrão!”
mas o próprio ladrão
se mistura na confusão
ecoando seus gritos:
“… um ladrão!”
até um choro
funde-se com os outros.

E Ele está contigo
contigo
em sua busca
quando você O busca
procure por ele
em seu olhar
mais próximo a você
do que você
de si mesmo;
Por que correr para fora?
Derreta como neve
lave a si mesmo
consigo mesmo:
impelida pelo amor
línguas brotam
da alma
como estames
do lírio. . .

Mas aprenda
este costume
da flor:
Silencie
sua língua.

Wilson & Pourjavady

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