Consequências decorrentes do mistério da subjetividade — tópicos
- O milagre da inteligência e da consciência
- Onde se encontra a prova da evolução ?
- A ideia de primazia do invisível, natural ao homem
- A liberdade do homem é total mas não absoluta
- Ambiguidade necessária da condição humana, ruptura entre intelecção e razão
- Em que se torna a inteligência separada de sua fonte supra-individual ?
- Espírito/Substância — Matéria/Acidente
- Provas extrínsecas da primazia do Espírito
- O argumento evolucionista de um progresso intelectual
- A essência do real, não é o banal ou o trivial, é o milagroso
Consequências decorrentes do mistério da subjetividade — excertos
A primeira constatação que deveria se impor ao homem quando se interroga sobre a natureza do Universo, é a primazia deste milagre que é a inteligência — ou a consciência ou a subjetividade — e por conseguinte a incomensurabilidade entre estas e os objetos materiais, quer se trate de um grão de areia ou do sol, ou de uma criatura qualquer enquanto objeto sensível. A verdade do cogito ergo sum cartesiano é, não que apresente o pensar como a prova do ser, mas simplesmente que ele enuncia a primazia do pensar — logo da consciência ou da inteligência — em relação ao mundo material que nos cerca; certo, não é nosso pensar pessoal que foi antes do mundo, mas este foi — ou é — a Consciência absoluta, do qual nosso pensar é precisamente um reflexo longínquo; nosso pensar nos relembra — e nos prova — que na origem foi o Espírito. Nada é mais absurdo que fazer derivar a inteligência da matéria, logo o mais do menos; o salto evolutivo da matéria à inteligência é sob todos os pontos de vista a coisa mais inconcebível que seja.