Mas, de uma perspectiva cristã, não existe o mal absoluto. Nenhuma criatura está irremediavelmente perdida. Qualquer ato errado pode ser remediado pela reintegração, se esse for o desejo da criatura caída. Nesse caso, é uma questão de voltar atrás em estágios sucessivos, de desfazer por fragmentação o trabalho realizado sob o signo do mal e, assim, recuperar a inocência perdida.
Susini (FC:Intro) – o mal
[…] Se ela [a criatura] embarcou no caminho do mal, o processo é revertido, Baader ilustra seu raciocínio tomando como exemplo a tática de Mefisto de se colocar à disposição de sua futura presa, como um “instrumento”, e dar a Fausto todo o poder, declarando-se pronto para satisfazer qualquer desejo. Em um segundo estágio, Fausto não é mais do que o “colaborador” de Mefisto, seu companheiro, que toma a iniciativa em todos os empreendimentos, e Mefisto acaba sendo o “mestre” que tem sua vítima inteiramente a seu critério, reduzida à categoria de um mero objeto, um instrumento da vontade diabólica.
- Baader (BBPL) – confusão panteísta de Deus com a criação
- Baader (BBPL) – Somente a alma rica ama
- Baader (FC:I.1 nota a) – torno-me o princípio que me orienta
- Baader (FC:I.1) – fazendo o bem, torna-se bom; fazendo o mal, torna-se mau
- Baader (FC:I.10) – manifestação e criatura
- Baader (FC:I.2) – erro fundamental do panteísmo
- Baader (FC:I.3) – só se é tentado por seu próprio desejo
- Baader (FC:I.32) – subordinação
- Baader (FC:I.33) – infinito e finito
- Baader (FC:I.4) – livre-arbítrio e liberdade