O valor do homem está em sua consciência do Absoluto.
O discernimento se refere melhor ao Absoluto, e a contemplação ao Infinito; poderíamos dizer também que a vontade, a realização, refere-se melhor à absolutez do Bem Supremo, enquanto que o sentimento, o amor, refere-se melhor a sua infinitude.
Só a ciência do Absoluto dá um sentido e uma disciplina à ciência do relativo.
A noção do Absoluto e o amor de Deus são eternos. [Schuon, PP]
No Absoluto, não sou/estou, e não sois/estais, e Deus (em Sua determinação pessoal) não é/está, porque Ele (o Absoluto) é/está além do alcance de toda palavra e todo pensamento, como dizia Ramakrishna. (Schuon LE, Uma Visão da Ioga)
O Absoluto não é o Absoluto enquanto contém aspectos, mas enquanto os transcende. (Schuon CI, O Corão)
Se formos perguntados o que o Absoluto é, responderíamos primeiro que tudo que é necessário e não meramente Realidade possível; Realidade absoluta, por conseguinte infinita e perfeita, precisamente; e aditaríamos — em conformidade com o nível da questão perguntada — que o Absoluto é aquilo que, no mundo, é refletido como a existência das coisas. Sem o Absoluto, não há existência; o aspecto de absolutez de uma coisas é o que a distingue da inexistência, se se pode assim colocar. Comparado ao espaço vazio, cada grão de areia é um milagre. (Schuon DH, O Jogo das Hipóstases)
O Absoluto, ou a Essência, intrinsecamente compreende a Infinitude; é como o Infinito que irradia. A Radiação Divina projeta a Essência no “vazio”, mas sem haver qualquer “perda”, pois o Princípio é imutável e indivisível, nada pode ser dele tomado; por esta projeção na superfície de um nada que em si é inexistente, a Essência é refletida no modo de “formas” ou “acidentes”. Mas a “vida” do Infinito não é somente centrífuga, é também centrípeta; é alternativamente ou simultaneamente — dependendo dos relacionamento considerados — Radiação e Reintegração; o último é o “retorno” apocatastático das formas e acidentes na Essência, sem no entanto nada ser adicionado a última, pois é Plenitude absoluta. Além do mais, e mesmo acima de tudo, Infinitude — como Perfeição — é uma característica intrínseca do Absoluto: é como se fosse sua vida interior, ou seu amor o qual por transbordar, prolonga a si mesmo e cria o mundo. (Schuon SVQ, Dimensões Hipostáticas da Unidade)
Somente a definição do Absoluto como tal é absoluta, e toda descrição explanatória pertence a relatividade precisamente devido a natureza diferenciada de seu conteúdo, que não por esta razão incorreto, certamente, mas todavia, é limitado e por conseguinte substituível; de modo que se se quer dar uma definição absoluta do Absoluto, deve-se dizer que Deus é Uno. “O testemunho da Unidade é uno” (At-Tawhidu wahid), dizem os sufis, e por isto significam que uma expressão, dentro dos limites de sua possibilidade, deve ser una com seu conteúdo e sua causa. (Schuon Cristianismo Islamismo, Alternações em Monoteísmo Semita)
Só a definição do Absoluto como tal é absoluta, e toda descrição explanatória pertence à relatividade precisamente por conta da natureza diferenciada de seu conteúdo, que não é por esta razão incorreto, certamente, mas com efeito, é limitado e portanto substituível; de modo que se se deseja dar uma definição absoluta ao Absoluto, deve-se dizer que Deus é Um. “O testemunho da Unidade é um” (At-Tawhidu wahid), dizem os sufis, e por isto eles significam que uma expressão, dentro dos limites de sua possibilidade, deve ser una com seu conteúdo e sua causa. (Schuon ChristIslam, Alternações no Monoteísmo Semítico)