Este termo, de origem grega, tem sido amiúde usado como equivalente a ser, mas reforçando o seu sentido. Pode ser traduzido como “ser de um modo verdadeiro”, “ser de um modo real” ou, mais correntemente como “verdadeira realidade”. Face às aparências há realidades que se supõe que existem por hipóstase. Neste caso estão, segundo Platão, as Ideias. Em geral tem-se utilizado a palavra hipóstase para designar a substância individual concreta, mas nem todos os autores concordaram nesse uso. Plotino, por exemplo, chama hipóstase às três substâncias inteligíveis: o Uno, a inteligência e a alma do mundo. O Uno, ou o “primeiro Deus”, dá origem por contemplação à segunda hipóstase, a inteligência, e esta dá origem à terceira hipóstase, ou alma do mundo. “dar origem”ou engendrar significa aqui emanar. Os próprios princípios não se movem: como diz Plotino, “permanecem imóveis engendrando hipóstases” (ENÉADAS). Cada uma das hipóstases ilumina a hipóstase inferior. Por isso Plotino compara cada uma das três hipóstases com uma espécie de luz: o uno é comparável com a própria luz; a inteligência com o sol; a alma do mundo com a lua (ENÉADES). Como a hipóstase era uma imanação e conseguia-se um emanado por analogia com o reflectido, tendeu-se a multiplicar o número das hipóstases. [DFW]
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TERMOS CHAVES: hipóstase