Um dos dois termos sânscritos que servem especialmente para designar a “Árvore do Mundo”, um deles, nyagrodha, permite uma observação interessante sobre o mesmo aspecto, pois significa literalmente “que cresce para baixo”, não só porque esse crescimento está representado de fato pelo desenvolvimento de raízes aéreas na espécie de árvore que traz esse nome, mas também porque, quando se trata da árvore simbólica, considera-se, ela própria, como invertida.6 É portanto a essa posição da árvore que se refere em particular o nome nyagrodha, enquanto que o outro termo, ashwattha, parece designar, ao menos na origem, a árvore direita, embora a distinção nem sempre tenha sido feita posteriormente, de modo assim tão claro. A palavra ashwattha é interpretada como “estação do cavalo” (ashwa-stha); considera-se assim que o cavalo, enquanto símbolo de Agni ou do Sol, ou de ambos ao mesmo tempo, chegou ao termo de seu curso e se deteve ao alcançar o “Eixo do Mundo”. Lembraríamos a esse respeito que, nas diversas tradições, a imagem do Sol está também ligada à da árvore de uma outra forma, pois é representado como fruto da “Árvore do Mundo”. Ele deixa sua árvore no início de um ciclo e volta a pousar nela no final, de modo que, nesse caso ainda, a árvore é de fato a “estação do Sol (o ideograma chinês que designa o pôr-do-soi representa-o pousando sobre sua árvore no final do dia). [Guénon]
nyagrodha
TERMOS CHAVES: árvore