Wei Wu Wei (PP:4) – a ilusão suprema 4

tradução

Durante os dois milênios e meio da história registrada, nenhum dos sábios foi capaz de transmitir além ou uma outra representação do que entes sencientes aparentes são em relação ao universo aparente no qual eles parecem ser estendidos espacial e temporalmente. A elaboração religiosa de sua própria base metafísica, por mais reconfortante que seja, na verdade só pode confundir a questão; mas isso não significa que essa elaboração seja em algum grau mais ou menos falsa ou mais ou menos verdadeira em si mesma, relativamente considerada, do que qualquer outra especulação, mas apenas que ela deva necessariamente pertencer, embora aparentemente espiritual, ao universo conceitual dentro do qual ela herda.

Com base nesse entendimento, deve ser claro o caminho para a percepção direta do que cada um de nós é e do que todos somos como seres sencientes aparentes; pois, sem esse esclarecimento necessário, que é a negação de todo o absurdo positivo que nos mantém em suposta “escravidão”, somos como crianças perdidas em uma floresta conceitual de nossa própria imaginação.

Poucas pessoas provavelmente leiam essas linhas que não estejam buscando realização, mas a realização não precisa de busca, e a busca sempre manterá a aparente ausência de realização. Se a floresta imaginária foi clareada, precisamos apenas olhar para perceber o que, quando e onde estamos, que não é o que sabemos, mas o que ‘EU SOU’, e esse não-nascido, não-vivido, não-perecível, é aqui e agora e para sempre.


Original

During the two-and-a-half millennia of recorded history none of the sages has been able to transmit further or other representation of what apparent sentient-beings are in relation to the apparent universe in which they appear to be spatially and temporally extended. Religious elaboration of its own metaphysical basis, however comforting it may be, factually can only confuse the issue; but this does not mean that such elaboration is in any degree more or less false or more or less true in itself, relatively regarded, than any other speculation, but only that it must necessarily belong, however apparently spiritual, to the conceptual universe in which it inheres.

On the basis of this understanding the way should be clear for direct apperceiving of what each of us is and what all of us are as apparent sentient-beings; for without such necessary clearance, which is the negation of all the positive nonsense which holds us in supposed ‘bondage’, we are like lost children in a conceptual forest of our own imagining.

Few people are likely to read these lines who are not seeking fulfilment, but fulfilment needs no seeking, and seeking will always maintain the apparent absence of fulfilment. If the imaginary forest has been cleared we have only to look in order to apperceive what, when, and where we are, that it is not what we know, but what ‘I AM’, and that unborn, unliving, undying, it is here and now and forever.

Wei Wu Wei