Começando com as canções de Guilherme IX da Aquitânia (1071-1127), que vão do obsceno através do sensual até o requintado, e terminando com Guiraut Riquier (m. 1292), que rejeita o amor profano e canta em louvor da Virgem Maria, os trovadores, poetas-músicos das cortes do sul da França, deixaram uma rica e variada herança literária. Outros expoentes muito conhecidos incluem Marcabru, Jaufre Rudel, Bernart de Ventadorn, Arnaut Daniel, Bertran de Born, Peire Cardenal e Guiraut de Bornelh. Celebravam a doutrina do fín’ amors, a glorificação ritual do sexo feminino e o culto do verdadeiro amor, terreno e celeste. Suas canções — algumas das melodias sobreviveram — eram compostas numa variedade de estilos, desde o “claro” (leu) ao “obscuro” (clus), e abrangeram uma vasta gama de formas de variável grau de complexidade técnica (canso, tenso, planh, sirventes etc). Os trovadores exerceram uma profunda influência não só na poesia lírica da Europa ocidental mas também, de um modo geral, em sua literatura e, em última análise, talvez até nas atitudes sociais. Ver amor cortesão (DIM)
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