Como a união com Deus é tanto conhecimento quanto ser, ambos os aspectos devem ser refletidos na alma daqueles que aspiram à união. É a ideia, a doutrina, que corresponde ao aspecto do “conhecimento”, enquanto o “ser” se refletirá em uma atitude qualitativa da alma, ou seja, em sua beleza interior.
A ideia — ou entendimento doutrinário — é a premissa indispensável de toda realização espiritual; no entanto, não é diretamente operativa com relação à substância humana que será a base de todo trabalho espiritual, porque está situada na alma como um ponto não ocupado e nunca pertencerá ao homem por direito próprio.
Quanto à beleza interior, que compreende simplicidade, amplitude e harmonia ou equilíbrio, ela já é fruto de um toque divino, embora tenha apenas uma realidade subjetiva e nunca possa reivindicar o escopo objetivo e geral da ideia.
É essa beleza da alma que é humanamente semelhante ao Homem Universal ou Homem Perfeito.
A União é realizada por antecipação no símbolo, que é tanto o significado quanto a qualidade do ser. O Homem Universal é ele próprio o símbolo total do Homem Perfeito. O Homem Universal é, ele próprio, o símbolo total de Deus.