Em algumas páginas gostaria de considerar como ME apareceu o fato, que entre todas as místicas que podem nos dar a conhecer nossa ciência das religiões, a mística persa se caracteriza como tendo sempre tendido à expressão musical e como não tendo encontrado sua expressão acabada senão nesta. A sorte da música no Islã não seguiu, ao longo dos séculos, o mesmo curso que no Ocidente; sem dúvida porque aqueles que condenavam o uso não viam nela senão uma diversão profana. Em revanche, o que nossos místicos produziram, é algo como o equivalente do que chamamos música sagrada; e a razão é tão profunda que, se a compreendemos, toda música, na condição que seja dada a sua finalidade suprema, nos aparecerá como não podendo ser senão uma música sagrada. Mas não está aí um novo paradoxo?
Corbin (Irã) – Do sentido musical da mística persa
- Corbin (PM:14-19) – Momentos do paradoxo do monoteísmo
- Corbin (PM:216-219) – sacralisation et sécularisation
- Corbin (PM:22-23) – les Sages de Dieu, les théosophes
- Corbin (PM:22-23) – Sábios
- Corbin (PM:24-27) – l’ontologie intégrale
- Corbin (PM:30-33) –le secret de la condition seigneuriale
- Corbin (PM:99-101) – l’angélologie
- Corbin (PM) – Da Teologia Apofática como antídoto do Niilismo
- Corbin (PM) – Momentos do Paradoxo
- Corbin (PM) – Necessidade da Angelologia