René Guénon: DOUTRINA DA UNIDADE; UNIFORMIDADE CONTRA UNIDADE; UNIDADE — SIMPLICIDADE
Frithjof Schuon: via da unidade
Roberto Pla: Evangelho de Tomé – Logion 106
O mundo criado conflui em sua totalidade para chegar a ser “uno” no Reino de Deus. Mas são muitos as ordens de unidade que deverão haver-se conciliado no tempo da consumação. No dia em que os céus e a terra entrem no transe de “passar”, a passar — a terra — se terá gasto como uma vestimenta, e o psíquico — os céus — se terão dissipado como fumaça.
Mas tal acontecimento significaria que o espírito, desnudo como o grão fecundo, transpassado pela morte da palha, se teria reunido já na unidade do Espírito, tal como as muitas línguas de fogo são um só fogo na fogueira (v. Pentecostes).
A vida inteira de Jesus, sua predicação e sua obra, foi um insistente chamado à unidade do fogo de todos os homens entre si e destes com o Filho, e por conseguinte com o Pai. Este propósito está presente no evangelho com tal evidência que a muitos pode parecer desnecessário mencioná-lo. No entanto, há que entender que a unidade que Jesus pedia não permanece só na unidade de ser solidários — ainda que já seja muito —, senão aprofunda nela até a destruição dos agregados psíquicos e materiais que limitam e circunscrevem o Ser.
Jesus pedia a unidade “perfeita”, essa unidade que tem necessariamente que passar pela queda das paredes dos céus e da terra que mantêm “cativo” ao espírito e impedem que este seja um só Corpo pneumático no Senhor.
Para chegar a essa destruição perfeita de todos os muros, a primeira unidade que há que se conseguir, aquela que é primícia de todas, é a que segundo a exegese oculta viemos a denominar, a unidade do homem consigo mesmo, e que o logion explica como “fazer do dois um”.
- São muitos os logia onde a unidade é predicada nesta direção, no Evangelho de Tomé: Logion 4, Logion 11, Logion 22, Logion 23, Logion 30, Logion 48, Logion 61, Logion 75.
Boaventura: Boaventura Unidade Ser
Jacob Boehme: Boehme Hartmann II
Michel Chodkiewicz: Apresentação do Tratado da Unidade
Ibn Sab’in declara: “En nombre de Alá, el Uno, el Ser necesario, el único existente (mawjud)”. En una de sus obras mayores (“Ihata”, Badawi, p. 147. Este término técnico forjado por él se relaciona con el nombre divino al-muhit, “Aquel que todo lo abarca”), hace hablar a la ihata, la Realidad universal — otra designación que toma en él la wahda mutlaqa, la Unicidad absoluta —: “Soy”, dice ella, “el yo de todo yo. el ser de todo ser. la quididad de toda quididad”. “La Realidad universal”, escribe también, “es semejante al imán y los seres existenciados son como el hierro. La relación que los une es la ipsidad del Ser. Lo que (aparentemente) los separa es la imaginación (wahm) de los “existentes”. Pero esos “existentes” son, en sí mismos, imaginarios. Frente al wujud wajib, el Ser necesario, no puede sino haber un wujud kadhib, un ser ilusorio. Esta afirmación de la total inanidad de las cosas se expresa con fuerza en un pasaje de la Risala ridwaniyya: “Y he aquí que me arrepiento de la inadvertencia (ghafla) que antes me condujo a decir: yo no he visto una cosa sin ver a Alá detrás de ella, luego a decir, lo cual estaba más próximo a la verdad: yo no he visto una cosa sin ver a Alá con ella y luego, finalmente, a decir: yo no he visto una cosa sin ver a Alá antes que a ella. Ahora digo: ¡El! ¡El! ¡El!”.