Grupo UR & Kur — Introdução à Magia
Esquema-resumo
Esquema-resumo sobre o qual estaremos aditando citações, excertos e comentários. Construído a partir do índice do original em italiano, “Introduzione alla Magia” (3 vol.), de Gruppo di Ur (Mediterranee, 1971).
–Premissa
–A matéria recolhida nestes volumes foi publicada em uma série de fascículos sob o título de “Ur” de 1927 a 1928 e de “Krur” em 1929. Agora está reunida neste volume que se intitula “Introdução à Magia enquanto ciência do Eu”. Os escritos originais foram atualizados de acordo com o interesse de seus autores. Foram originalmente compilados e publicados segundo um critério de organicidade e de progressividade, permitindo um desenvolvimento gradual da matéria. Tudo segundo o princípio que na ciência tradicional é o ensinamento que conta, não a pessoa que o expõe, guardando-se assim o anonimato dos colaboradores
-Introdução
–Na vida de qualquer homem há momentos de vacilo nas certezas, onde se apresenta a questão: quem sou eu?
–Sente-se que tudo que se faz é simples distração, afastando do pensar profundo e se subtraindo da angustia existencial.
–Em alguns caso o impulso de uma força animal que não quer morrer se reafirma, fazendo crer que se trata apenas de incubo, de desiquilíbrio nervoso, e buscando um novo acomodamento para retornar à “realidade”.
–O questionamento torna-se um “problema filosófico”, recomeça-se o jogo, especulando-se e fingindo lançar um luz na obscuridade.
–Outros se voltam efetivamente para uma séria busca de um conhecimento de si e em si, do ser.
–Esta modalidade leva à iniciação, leva ao reconhecimento da “inverdade” deste mundo, da possibilidade de um despertar.
–Importância de não se sentir só nesta busca, da presença de buscadores e de caminhos.
–Reconhecimento de um saber além do intelecto raciocinante, da crença, da cultura, da ciência; capaz de cessar a angústia, dissipar a obscuridade e a contingência do estado humano de existência, resolvendo o problema do ser; este conhecimento é transcendente no sentido que pressupõe uma mudança de estado, não em termos de consciência, mas de uma verdadeira transformação.
–Tal realização possibilita considerar apenas o concreto, real, relação nua e crua de si com si e com o mundo.; relação esta condicionada e contingente, própria ao estado físico de existência; não se trata de uma espiritualidade simplista contrapondo-se à existência física, que não altera em nada o eu sou, como homem, na hierarquia dos seres.
–Eis porque a necessidade de uma crise, de uma brusca revolução, da força de se pôr à parte de tudo, de se destacar de tudo; a mutação da própria estrutura mais profunda é o que conta com vistas ao conhecimento superior.
–Este conhecimento, o qual é ao mesmo tempo sapiência e potência, é essencialmente “não-humano” e assim se transmite por uma via de superação ativo e efetivo, ontológico, da condição humana.
–Há tempos preso em um círculo mágico, o homem se encontra ignorante destas possibilidades, ciente apenas das ilusões propostas pela ciência, sua única “certeza” nesta jornada terrestre.
–Este saber diverso e superior existe: quod ubique, quod ab omnibus et quod semper; corresponde a uma tradição única que em várias formas de expressão se pode encontrar nas tradições de múltiplos povos: ora como sapiência de antigas elites reais ou sacerdotais, roa como conhecimento oculta em símbolos sagrados, mitos e ritos cujas origens se perdem nos tempos primordiais, ora como escritos alegóricos, mistérios e iniciações, como teurgia, yoga ou alta magia, e recentemente em correntes subterrâneas afloradas aqui e ali na trama da história ocidental, como o Hermetismo e o Rosa–Cruz.
–Esta “técnica divina” tradicional oferece a possibilidade real, a quem tenha encontrado em si a capacidade de superar a crise mencionada destacando-se de tudo tão humano, de voltar-se a outra categoria de ser, a outra raça remota.
–É preciso fazer do corpo inteiro um instrumento da consciência que, superando a limitação individual, deverá penetrar no estrato onde age a força obscura e profunda de um Eu superior: assim encontrando a entrada da via que conduz ao “palácio reservado do Rei”.
–A presente coletânea de monografias tem a intenção de dar orientações sobre tal ciência secreta; embora a obscuridade do tema seja inerente ao mesmo; a matéria será tratada por:
—exposições de métodos, de disciplinas e de técnicas;
—relações de experiências efetivamente vividas;
—republicações de traduções de textos raros da tradição do Oriente e do Ocidente
—enquadramento doutrinal sintético, desafiando a imagem rígida do homem, do mundo e da história, prevalentes na civilização moderna.
–Os diferentes ensaios se complementam e se ordenam de modo a oferecer os elementos necessários para a compreensão adequada da matéria, mantendo-se o anonimato does autores.
–O termo “magia” no título, deve-se entender como metafísica prática, como propõe Roger Bacon.
-Pietro Negri — Sub specie interioritatis
-Leo — Barreira
-Abraxa — Conhecimento da Água
-Luce — Opus magicum: a concentração e o silêncio
–Ea — Sobre o caráter do conhecimento iniciático
-A via do despertar segundo Gustavo Meyrink
-Luce — Opus magicum: o Fogo
-Abraxa — A tríplice via
-Leo — Postura
-Glosa do Opus magicum — II capítulo
-Leo — Iniciação à experiência do “corpo sutil”
-O conhecimento enquanto liberação (sobre o Kularnava-tantra)
-Abraxa — O Caduceu hermético e o espelho
-Luce — Opus magicum: a “Palavra de Poder” e o caráter do ente
-Pietro Negri — Conhecimento do símbolo
-Apathanathismos (Ritual mitraico do “Grande Papiro mágico de Paris”)
–Introdução
–Texto
–Comentário
–Apêndice mágico ao ritual
-Recapitulação
-Abraxa — Instrução para o “conhecimento da respiração”
-Oso — Apontamentos sobre o Logos
-Arom — Experiência primeira
–Ea — O problema da imortalidade
-Leo — Além do limiar do sono
–Ea — Sobre a visão mágica da vida
-Abraxa — A segunda preparação do Caduceu hermético
-Iagla — Experiência: a lei do ente
-A via da realização segundo o Buda
-Glosa variada
-Luce — Instrução de magia cerimonial
–Ea — A doutrina do “corpo imortal”
-De Pharmaco catholico
-Abraxa — Operação mágica a dois vasos — O desdobramento
-Ensinamento iniciático tibetano: a “vacância” e o “diamante-fulgurante”
-Arvo — Sobre “contra-iniciação”
-Luce — Opus magicum: o Perfume
-Arvo — O pensamento consciente — o relaxamento — o silêncio
–Ea — Considerações sobre a magia e sobre “poder”
-Abraxa — Magia da imagem
-Pietro Negri — O andrógino hermético e um códice plúmbeo alquímico italiano
-Luce — Opus magicum: a corrente
-Leo — Sobre a postura diante do ensinamento iniciático
–Ea — Liberdade, previdência e relatividade do tempo
-Glosa do Opus magicum
-Iagla — Sabedoria serpentina
-Luce — A invocação
-Extrato do “De Mysteriis”
-A mensagem da estrela polar
-Sirio — a névoa e o símbolo
–Ea — Sobre a doutrina geral do mantra
-Alba — De naturae sensu
-Leo — Aforismos
-Pietro Negri — Venturas e desventuras em magia
-Glosa variada
–“Recordação”e “voz”
–Decadência da palavra
–Ainda sobre a doutrina iniciática da imortalidade
–Imanência e transcendência
–Irrealidade do corpo pesado
–Via errada
-Pitagora — Dos ditos áureos
-Arvo e Ea — A doutrina esotérica dos centros secretos do corpo em um místico cristão
-Abraxa — Magia do rito
–Instrução da cadeia
–Endereço individual de preparação
–Primeiras instruções da cadeia
–Instruções para uma fase posterior
-Iagla — A lógica do subsolo
-Pietro Negri Sobre a tradição ocidental
–Avaliação da tradição pagã
–Oriente, Ocidente e Cristianismo
–A tradição iniciática no Ocidente
–A Tradição romana
–A sapiência iniciática romana
–A lenda de Saturno
–Etimologia de Saturno
–Addenda
–O simbolismo agrícola em Roma
-Havismat — A tradição e a realização
-Oso — Uma vontade solar
-Pietro Negri — A linguagem secreta dos “Fiéis de Amor”
-Abraxa — Solução do ritmo e da liberação
-Luce — Opus magicum: o diáfano
-Arvo — Vivificação dos “signos” e das “fontes”
–Ea — A consciência iniciática no além-túmulo
-Glosa variada
–A magia
–O mestre
–O canto
-Iagla — Sobre a “água corrosiva”
-Arvo — A etnologia e os “perigos da alma”
-Sobre a arte dos Filósofos de Hermes
-Glosa variada
–O desejo em magia
–Sentido do rito
–Sentimento e realização
–Antecipação da alquimia física
–Sobre a iniciação descuidada
–Experiência: o “duplo” e a consciência solar
–Ea — Sobre a metafísica da dor e da doença
-Leo — Apontamentos para a animação dos “centros”
-Arvo — Kirillov e a iniciação
-Havismat — Anotações sobre a ascese e sobre o anti-europa
-Milarepa
–O demônio das neves
–O canto de alegria
–O canto da essência da coisa
-Arvo — A magia da estatueta
–Ea — O esoterismo e a moral
-Nilius — Fármaco e veneno
-Truba Philosophorum
-Glosa variada
–Corporizar o conhecimento
–Sobre a “mortifica;cão
–Sobre a potência
-Abraxa — A magia da criação
-Pietro Negri — Da oposição contingente ao desenvolvimento espiritual
-Alguns efeitos da disciplina mágica: a “dissociação dos mistos”
–Posição e solução do contraste entre ciência positiva e magia
-Abraxa — A magia das uniões
-Otakar Brézina — Perspectiva
-Glosa variada
–Prodígio e tempo passado
–Magia sensual
-Breno — Apontamentos sobre a morfologia oculta e sobre a corporalidade espiritual
-Zam — Um desconjuro mágico pagão
-Arvo — Sobre a tradição hiperbórea
-Glosa variada
–A mulher e a iniciação
–Ex Oriente lux
-Vias do espírito ocidental
-Abraxa — A Nuvem e a Pedra
-Breno — Iniciação moderna e iniciação oriental
-Havismat — A zona da sombra
–Ea — Poesia e realização iniciática
–Ea — Aristocracia e ideal iniciático
-Brezina — Cântico do Fogo
-Arvo — Acerca de “oráculo aritmético” e o bastidor da consciência
-Arom — Experiência: a coroa de luz
-Dorn — Clavis philosophiae chemisticae
-Glosa variada
–Dificuldade a crer
–Quem “via” os deuses
–Homem e Deuses
–Ea — A lenda do Graal e o “mistério” do Império
-Havismat — O instante o eterno
-Abraxa — A comunicação
–Dignidade do homem
-Glosa variada
-Apro — O ciclo da consciência
-Taurulus — Experiência
–Ea — Que coisa é a “realidade metafísica”
-Iagla — Sobre a “lei do ente”
–Conhecimento da expiação
–Conhecimento da vingança
–Conhecimento do amor
-Glosa variada
–Plotino — Máximas da sabedoria pagã
-Leo — Ritmo humano e ritmo cósmico
–Ea — Sobre o limite da “regularidade” iniciática
-Narayana Swami Aiyar — Transmutação do homem e do metal
–Ea — Sobre o simbolismo do ano
-Abraxa — A magia da vitória
-Arvo — A “origem da espécie” segundo o esoterismo
-Varia: Ainda sobre a sobrevivência. Sua paixão, temor e outro ainda
–Ea — Sobre o “sagrado” na tradição romana
-Liberação da faculdade
-Iniciação à magia segundo Giuliano Kremmerz
-Rud — Ascese primeira
-Abraxa — Conhecimento da ação sacrificial
-Glosa variada
–Sobre o sacrifício
-Sirio — O rumor
-Masson-Ousserl — Sobre o papel da magia na especulação hindu
-Esoterismo e mística cristã
-Gic — Do “Cântico do tempo e da semente”
-Metafísica e fenômeno mágico
-Leo — A “Serpente emplumada”
-Agarda — Apontamentos sobre a ação na paixão
-Sagittario — Despertar
-Arvo — O “primitivo” e a ciência mágica
-Agnostus — Sobre dois símbolos hiperbóreos
-Gallus — Experiência entre os árabes
-Glosa variada
-Maximus — Apontamentos sobre o “desapego”
-O asceta, o fogo, o espaço (do Milindapanha)
–Ea — Autoridade espiritual e poder temporal
-Sobre as drogas
-Glosa variada
–Ver sem querer ver
–Muito para o “vazio”
–Ekatlos — A “Grande Marca”
–Ea — O esoterismo, o inconsciente, a psicanálise
-A dupla máscara
–Perspectiva mágica segundo Aleister Crowley
-Despedida