Rumi (Masnavi:I,388s) – adormecido ao mundo

tradução

388. Todas as noites libertas os espíritos do laço do corpo e apagas [as impressões] as tábuas [da mente].
Os espíritos são libertados todas as noites desta gaiola, [eles são] feitos com ordenanças e conversas e contos.
À noite, os prisioneiros estão inconscientes de sua prisão, à noite, os governadores estão inconscientes de seu poder.
Não há tristeza, nenhum pensamento de ganho ou perda, nenhuma fantasia desta ou daquela pessoa.
Este é o estado do ‘arif [gnóstico], mesmo sem dormir: Deus disse, [Tu os considerarias acordados] enquanto dormiam. Tímido não nisso.
Ele está adormecido, dia e noite, para os assuntos do mundo, como uma caneta na mão sob o controle do Senhor.
Quem não vê a mão na escrita pensa [que] o ato [da escrita procede] da pena por meio do movimento.
Ele [Deus] mostrou alguma parte deste estado do ‘arif, [na medida em que] o vulgo também é levado [alcançado] pelo sono dos sentidos.
Suas almas foram para o deserto que é indescritível: seus espíritos e corpos estão em repouso;
E com um assobio tu os conduzes de volta à armadilha, conduzes todos eles [de volta] à justiça e ao juiz.

Nicholson

388. Every night Thou freest the spirits from the body’s snare, and dost erase [the impressions on] the tablets [of the mind].
The spirits are set free every night from this cage, [they are] done with ordinance and talk and tale.
At night prisoners are unconscious of their prison, at night governors are unconscious of their power.
There is no sorrow, no thought of gain or loss, no fancy of this person or that person.
This is the state of the ‘arif [gnostic], even without sleep: God said, [Thou wouldst deem them awake] whilst they slept. Shy not at this.
He is asleep, day and night, to the affairs of the world, like a pen in the hand of the Lord’s control.
One who sees not the hand in the writing thinks [that] the act [of writing proceeds] from the pen by means of movement.
He [God] hath shown forth some part of this state of the ‘arif, [inasmuch as] the vulgar too are carried off [overtaken] by sleep of the senses.
Their souls are gone into the desert that is without description: their spirits and bodies are at rest;
And with a whistle thou leadest them back to the snare, leadest them all [back] to justice and to the judge.