tradução
O passado, como o futuro, é de fato uma estrutura de sonho: dormindo ou ‘acordado’, noite ou dia, sonhamos ambos. Não é óbvio? Então, quando não estamos sonhando?
No presente? Quando isto poderia ser? Qualquer coisa que possa ser já passou muito antes que os processos de percepção e concepção pudessem ser completados. Portanto, isso é inteiramente imaginado e, portanto, todos os três são conceituais.
Somos tudo o-que-quer-que-somos aqui e agora e para sempre. Tempo e espaço são nossas objetivizações. Nós inventamos todo esse absurdo – ‘sonhamos’ como dizemos – e acreditamos que seja um fato – ou o que chamamos ‘real’!
‘O-que-quer-que-somos’? Sim, claro, mas não o que fomos mal induzidos a crer que somos. Isto foi uma composição, conceitos atualizados em mente; era o nosso sonho vivo, e a apercepção disto é certamente aperceber o que éramos quando sonhando e agindo todas as partes em nosso sonho de ‘vida’ e ‘morte’ em um contexto temporal.
Nunca fomos nada mais que o sonho de nossas ‘vidas’! O que mais poderia haver para nós sermos? É também por isso que o-que-somos não pode ser algo objetivo.
Essa é a nossa “natureza”, da qual os mestres chineses falam com tanta frequência, e que eles se esforçam continuamente para nos capacitar a visualizar.
No Ch’an, isso seria chamado de ‘Prajna’, o aspecto funcional de ‘Dhyana’, pelo qual somos apenas potenciais. Esta diferenciação essencial entre imanência e transcendência, inseparável numenalmente, mas conceitualmente à parte, não parece ser aparente no Vedanta.
Original
The past, like the future, is in fact a dream-structure: sleeping or ‘waking’, night or day, we dream both. Is that not obvious? Then when are we not dreaming?
In the present? Whenever could that be? Anything it could be is long passed before the processes of perception and conception can be completed. So that is entirely imagined, and therefore all three are conceptual.
We are whatever-we-are here and now, and forever. Time and space are our objectivisations. We make up all this nonsense – ‘dream’ it as we say – and believe it to be fact – or what we call ‘real’!
‘Whatever-we-are’? Yes, of course, but not what we have been misled to believe that we are. That was a composition, concepts actualised in mind; it was our living-dream, and the apperceiving of this is surely apperceiving what we were when dreaming and acting all the parts in our dream of ‘life’ and ‘death’ in a time-context.
We have never been anything but the dreaming of our ‘lives’! What else could there be for us to be? That is also why what-we-are cannot be any objective thing soever.
This is our ‘nature’ of which the Chinese masters speak so often, and which they strive so continually to enable us to envisage.
In Ch’an this would be called ‘Prajna’, the functioning aspect of ‘Dhyana’ as which we are potential only. This essential differentiation between immanence and transcendence, inseparable noumenally but conceptually apart, does not seem to be apparent in Vedanta.