Esotericamente, a árvore-símbolo é o centro universal que oferece os frutos de diversas possibilidades; por intermédio do seu tronco, que é vertical, ela sugere a ascensão e, por essa mesma razão, também a descida; em virtude dos seus ramos, exerce função de escada. Além disso, a árvore abriga contra o calor do sol: oferece sombra e, desse ponto de vista, sugere o lar, a segurança, o repouso, o frescor; a sombra constitui um dos benefícios de que usufruem os bem-aventurados no Paraíso muçulmano.1 Mas os aspectos mais importantes do simbolismo da árvore são certamente a posição axial e os frutos.
- Significação esotérica da árvore-símbolo
- As duas Árvores do Gênesis
- Além das interpretações teológicas da árvore proibida
- Do conhecimento do Bem e do Mal, como privilégio de Deus
- O problema do mal, exotericamente e esotericamente
- Adão e Eva, antes e depois da queda
- «E viram que estavam nus»
- Significação das duas Árvores
- Diversidade de interpretações da Queda
- A ideia muito negativa da matéria em Platão?
- A consequência mais grave da Queda: a perda da estado primordial interior
- Do pecado de exterioridade
- Da felix culpa
Para os pássaros e os esquilos, a árvore é um domicilio alimentador, ao mesmo tempo que uma espécie de paraíso. Este último simbolismo resulta principalmente dos andares formados pelos galhos e do topo que desemboca no infinito. Ignora-se a origem do pinheiro de Natal — de origem germânica, que não remontaria além do século XVII —, mas, em todo caso, inspira-se em diversos protótipos — da Antiguidade indo-europeia — cuja função foi inaugurar estações, portanto, as fases de um ciclo. O pinheiro, sempre verde, indica, aliás, a vitória sobre o inverno e, daí, a imortalidade. ↩