Categoria: Ibn Arabi (1165-1240)

  • Alquimia Espiritual

    Excertos da introdução de Roberto Ahmad Cattani de sua versão em português da “Alquimia da Felicidade Perfeita”, de Stéphane Ruspoli Segundo Ali, companheiro e sucessor do Profeta Mohammad, “a alquimia é a irmã da profecia”, e veremos neste livro que Ibn Arabi chama Jesus de “mestre da Alquimia”. Bastam estes elementos para mostrar que a…

  • Ibn Arabi – Árvore do Mundo (Gloton)

    Tratado traduzido em francês por Maurice Gloton, e comentado por Jean Canteins no periódico “Études Traditionnelles”. Segundo Canteins trata-se de um curto tratado, com excelente tradução de Gloton, enquadrada por introdução e comentários. O tratado aborda a Realidade maometana, noção abstrata que Ibn Arabi expõe da maneira mais concreta possível utilizando todos os recursos do…

  • Ibn Arabi – O livro da filiação espiritual

    EL LIBRO DE LA FILIACIÓN ESPIRITUAL (Traductor: Ângel Almazán de Gracia; segue algumas de suas anotações) O texto de Ibn Arabi deixa claro que os rituais de iniciação em ordens esotéricas regulares não têm utilidade se não houver qualificação pessoal necessária para que a baraka (influência espiritual) da iniciação seja eficaz no iniciado. E essa…

  • Meddeb – Ibn Arabi sobre a Imagem

    UNA de las cuestiones principales planteadas a la mística se refiere a la imagen. ¿De qué manera formular lo que nos rebasa? ¿Según qué criterios se puede traducir en los términos de lo visible la experiencia que tiene como horizonte lo invisible? ¿Cómo dar cuenta de lo irrepresentable? ¿A partir de qué analogías describir al…

  • Ibn Arabi – Livro da Árvore e dos Quatro Pássaros

    O Livro da Árvore e dos Quatro Pássaros Risalat al-ittihad al-kawni Uma tradução excelente em francês feita por Denis Gril e publicada pela Deux Océans. Trata-se segundo o prefácio de Gril de um dos tratados menores de Ibn Arabi, ainda inédito no Ocidente. Escrito em prosa rimada, segundo a preferência do autor, encanta pelo ritmo…

  • Corbin (Ibn Arabi) – O «Campo» da Imaginação

    A doutrina da Imaginação em sua função psico-cósmica reveste um duplo aspecto: um aspecto cosmogônico, até teogônico (a «teogonia» dos Nomes divinos), a respeito do qual se deverá ter conta que se a ideia de «gênese» é aqui estranha a qualquer ideia de cratio ex nihilo, ela se diferencia igualmente da ideia neoplatônica de emanação;…

  • Corbin (Ibn Arabi) – Dialética de Amor

    De todos os mestres do sufismo, Ibn Arabi é (com Ruzbehan de Shiraz) um daqueles que levaram mais longe a análise dos fenômenos do amor; pôs em obra uma dialética muito pessoal, eminentemente própria a nos fazer descobrir qual é o deleite da devoção total professada pelos «Fiéis do Amor». Do que aqui esboçamos, surge…

  • Ibn Arabi

    Abu Bakr Muhammad ibn al-Arabi — IBN ARABI (1165-1240) Site (quase) oficial: IBN ARABI SOCIETY. Associação voltada à divulgação dos trabalhos de e sobre IBN ARABI. O sufi Abu Bakr Muhammad ibn al-Arabi, da tribo árabe de Hatim at-Tai, nasceu no ano de 560 da hégira (o ano 1165 da era cristã) em Murcia na…

  • Chattick (SDG:xxii-xxiii) – Modos de Conhecimento

    Conforme já observado, Ibn Arabi vê três caminhos básicos para obter conhecimento: aceitação de relatos, investigação racional e revelação. RELATOS são tudo o que nos é transmitido por outras pessoas. Ao avaliar a confiabilidade dos relatos, precisamos observar a fonte e a cadeia de transmissão. Os relatos provenientes de Deus por meio de cadeias confiáveis…

  • Chattick (SDG:xxi-xxii) – Tanzih e Tashbih

    De um ponto de vista, o wujud pertence estritamente a Deus, e tudo que não seja Deus é inexistente. Não é possível fazer comparações entre o que é e o que não é. Simplesmente não há uma medida comum. Esse é o ponto de vista de tanzih ou declaração de INCOMPARABILIDADE, e foi fundamental para…

  • Chattick (SDG:xix-xxi) – Existência e Inexistência

    Falar de Deus em termos de nomes é empregar a terminologia-chave do Alcorão e do Hadith, mas Ibn Arabi também adota termos que entraram na civilização islâmica a partir da herança grega e foram refinados e ampliados por gerações de filósofos e teólogos. Provavelmente o mais importante deles é wujud, que normalmente é traduzido como…

  • Chittick (SDG:xvii-xix) – nomes e atributos divinos

    Deus é um nome que tem dois significados básicos. Em um sentido, denota a ESSÊNCIA, que é a realidade suprema que é a fonte de todas as outras realidades. A Essência não pode ser conhecida em termos positivos. O conhecimento humano da Essência equivale a um reconhecimento de que a Essência existe e de que…

  • Corbin (Ibn Arabi) – O Coração como órgão sutil

    O coração (qalb) em Ibn Arabi como no sufismo em geral, é o órgão pelo qual é produzido o verdadeiro conhecimento, a intuição compreensiva, a gnose (marifa) de Deus e dos mistérios divinos, em resumo o órgão de tudo aquilo que pode ser compreendido soba a designação de ciência do esotérico (ilm al-Batin). É o…

  • Corbin (Ibn Arabi) – A imaginação criadora no sufismo de Ibn Arabi

    Este é um dos estudos mais citados sobre a vida e o pensamento de Ibn Arabi, realizado por Henry Corbin (1903-1978), filósofo-orientalista, historiador das religiões e erudito que soube como poucos desenvolver uma hermenêutica do sufismo iraniano. Corbin no prefácio à segunda edição reconhece que este livro representou um novo ponto de partida, “um momento…

  • Cattani – Assunção Celeste

    Excertos da Introdução de Roberto Ahmad Cattani de sua versão em português da “Alquimia da Felicidade Perfeita”, de Stéphane Ruspoli O primeiro versículo da sura 17 do Alcorão, de forma bastante obscura, recita: “Glorificado seja Aquele que, durante a noite, transportou o Seu servo do Templo inviolável ao Templo longínquo, cujo recinto abençoamos, para mostrar-lhe…

  • Chodkiewicz (MCOR) – literalidade das escrituras

    A soberania absoluta da letra, à qual, como vimos, o próprio Profeta está sujeito, é demonstrada por muitas passagens em suas obras. Assim, tendo aludido no Futuhat ao versículo Wa huwa ma’akum aynamâ kuntum (“E Ele está com você onde quer que você esteja”, Cor. 57:4) usando inadvertidamente haythumâ — que tem o mesmo significado…

  • hamdu (louvor) (Chodkiewicz)

    Al-hamdu li-Llâh al-ladhî awjada l-ashiyâ’ ‘an ‘adam wa ‘addamahu: para qualquer pessoa familiarizada com o ensinamento de Ibn Arabi, a fórmula al-hamdu li-Llâh (literalmente: “O louvor pertence a Deus”) não significa apenas que o louvor é de Deus por direito, mas que, de fato, vem somente Dele, que Ele é tanto o Louvador (al-hâmid) quanto…

  • shay (coisa) (Chodkiewicz)

    (…) Al-ladhî awjada l-ashiyâ’ pode ser traduzido como “que trouxe as coisas à existência”. Mas shay’, “coisa”, singular de ashiya designa indiferentemente na terminologia Akbariana o que é existente (mawjûd) ou inexistente (ma’dûm). Qual é a situação aqui? As referências bíblicas subjacentes a qualquer exposição doutrinária do Shaikh al-Akbar são aparentemente contraditórias. Por um lado,…

  • thubut (modo de presença do possível) (Chodkiewicz)

    (…) Thubût é o modo de presença do possível na ciência divina. Eles não “existem”: são reais apenas para Deus, não para si mesmos (mawjûda li-Llâh ghayru mawjûda li-anfusiha). Mas elas têm uma predisposição (isti’dàd) para serem “revestidas” de existência. A presença dessas possibilidades — dessas “coisas” — na ciência divina é tão eterna quanto…

  • kun (Seja!) (Chodkiewcz)

    A noção de thubût, que corre como um fio através dessa passagem, como os comentaristas notaram, mas não será formulada explicitamente até mais tarde, é a única maneira de explicar o que se segue: Wa awqafa wujûdahâ ‘alâ tawajjuh kalimihi li natahaqqaqa bi-dhâlika sirr hudûthihâ wa qidamiha min qida-mihi : “e que deu como fulcro…