O Alcorão afirma repetidamente que todas as coisas são “sinais” (dyat) de Deus, ou seja, que tudo dá notícias da natureza e da realidade de Deus. Como resultado, muitos pensadores muçulmanos, especialmente os cosmólogos, veem tudo no universo como um reflexo dos nomes e atributos divinos. Esses nomes e atributos representam qualidades, como majestade, beleza, vida, conhecimento e assim por diante. Portanto, a dimensão qualitativa das coisas — na medida em que pode ser diferenciada da dimensão puramente quantitativa ou “material” (no sentido de hílico, ou simplesmente potencial) — é de interesse primordial. Com relação à semelhança, as qualidades da criação nos dão notícias dos atributos divinos, embora, com relação à incomparabilidade, elas anunciem que Deus é totalmente outro. Na medida em que demonstram similaridade e nos dão conhecimento da Realidade última, os sinais de Deus estabelecem analogias qualitativas entre as coisas criadas. Essas analogias fornecem os meios para discernir as relações — muitas vezes relações bastante ocultas que não fazem sentido em termos de categorias modernas — entre as coisas e entre as coisas e Deus. (TaoIslam)