É sob a mesma relação que se deve compreender a palavra divina: “(Nós os experimentaremos) até que Nós saibamos…” (Corão, XLVII, 31), (como se Deus não soubesse de antemão aquilo que farão as criaturas) o que é uma expressão rigorosamente adequada, contrariamente àquilo que pensam aqueles que não bebem desta fonte; pois a transcendência de Deus se afirma o mais perfeitamente pelo fato que o Conhecimento parece temporal por sua relação (a algo de temporal, da mesma forma que se afirma eterno na sua conexão com um objeto eterno). É o aspecto mais universal que um teólogo poderia logicamente conceber nesta matéria, a menos que considere a Ciência divina como distinta da Essência e atribua a relatividade à Ciência enquanto ela difere da Essência. Por (esta última perspectiva), se distingue aliás do verdadeiro conhecedor de Deus, dotado de intuição (kashf) e realizando o Ser (al-wujud).
Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth §7
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- Ibn Arabi (SP) – Da sabedoria da inspiração divina no verbo de Seth – Ciência de Seth
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