Agarttha

COSMOLOGIA — Agarttha — Agartha


René Guénon: NOÇÕES SOBRE O AGARTTHA NO OCIDENTE

Pierre Gordon: A REVELAÇÃO PRIMITIVA

Estas breves notas, juntas às indicações similares que fornecemos em outros lugares, estabelecem bem, nos parece, que a ocultação primitiva, a brusca transformação do mundo luminoso inicial em um universo de matéria grosseira, a súbita metamorfose da energia pura em forças espaciais e temporais, orientou desde o início da inteligência humana e se encontra no coração mesmo de suas preocupações: não é uma sociedade, a algum nível de cultura que se o visualiza, que não conserva, sob uma forma ou sob outra, um tesouro de tradições desvelando a existência de um mundo real, donde depende o mundo dos sentidos. Por toda parte é entrevisto este universo inapreensível, inacessível, inviolável, que a Ásia denomina Agarttha (termo que se traduz por estes três mesmos adjetivos). Por toda parte há um esforço de entrar em contato com ele, e dele utilizar o poder, por meios que escapam aos procedimentos ordinários do mundo físico, e que se referem às leis do mundo verdadeiro, conhecidas antes da ocultação. Temos verdadeiramente aí o centro mesmo do homem, o ponto onde se entende melhor o batimento das asas de seu pensamento. De resto, nada de surpreendente: a ocultação, resultado imediato do pecado, sendo o fato dominante da história humana, aquele que projeta sua sombra sobre todas nossas démarches, como a alma não teria por necessidade essencial de aí levar remédio?

Frequentemente, além do mais, ela ignora o único remédio eficaz, que é a exclusão da causa, quer dizer do pecado. A este respeito, os primitivos e as selvagens são frequentemente avançados sobre os civilizados: os sofrimentos e os jejuns de que se acompanha para eles a iniciação provam bastante, com efeito, seu desejo de quebrar entraves. A infelicidade é que eles concebem mais frequentemente de viés a natureza de suas correntes.

Geosofia, Índia e China