Coomaraswamy (Vedanta) – Atman

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Sou “eu” o espírito ou a carne? [Devemos sempre lembrar que, na metafísica, a “carne” inclui todas as faculdades estéticas e de reconhecimento da “alma”] Podemos ser solicitados a considerar nosso reflexo em um espelho e entender que ali vemos “nós mesmos”; Se formos um pouco menos ingênuos, podemos ser solicitados a considerar a imagem da psique refletida no espelho da mente e podemos entender que isso é o que “eu” sou; ou, se ainda formos mais bem aconselhados, podemos vir a entender que não somos nenhuma dessas coisas – que elas existem porque nós somos, em vez de existirmos na medida em que elas existem. O Vedanta afirma que “eu”, em minha essência, sou tão pouco, ou apenas, afetado por todas essas coisas quanto um autor de peças teatrais é afetado pela visão do que é sofrido ou desfrutado por aqueles que se movem no palco – o palco, nesse caso, da “vida” [em outras palavras, o “campo” ou “pasto”, enquanto distinto de seu pesquisador aquilino, o Homem Universal]. Todo o problema do fim último, da libertação, da beatitude ou da deificação do homem é, portanto, um problema de encontrar “a si mesmo” não mais em “este homem”, mas no Homem Universal, a forma humanitatis, que é independente de todas as ordens de tempo e não tem começo nem fim.

espanhol

[1939]
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