Guénon (RGSC) – O Simbolismo da Cruz

A exposição metafísica, unida e integrada à linguagem simbólica, encontra uma expressão particularmente feliz em Le symbolisme de la Croix. Este livro foi publicado em 1931 por Véga, em Paris, e nele encontramos uma definição doutrinária dos estados do ser, com base em um exemplo de símbolo e nas correspondências que exige. Em L’Homme et son Devenir selon le Védânta, as comparações com outras Tradições foram desenvolvidas exclusivamente nas notas.

A dedicatória, à venerada memória de Esh-Sheikh Abder-Rahman Elish el Kebir… a quem se deve a primeira ideia deste livro. Meçr El-Qahirah, 1329-1349H (1912) serviria como argumento a favor da ligação de Ivan Agueli com o sufismo desde aquela época.

A relação estabelecida entre doutrina, símbolo e história foi mencionada no prefácio: “O caráter simbólico, embora comum a todos os fatos históricos… (é) particularmente claro no caso da história sagrada… Se Cristo morreu na Cruz, foi, podemos dizer, por conta do valor simbólico que a Cruz possui em si mesma e que sempre foi reconhecido por todas as Tradições; é por isso que, sem diminuir de forma alguma seu significado histórico, pode ser vista [a história sagrada] como derivada desse mesmo valor simbólico”. Toda uma hierarquia de significados simbólicos se sobrepõe e, ao mesmo tempo, apoia o significado metafísico: “…É por isso que ela (a linguagem simbólica) constitui a linguagem iniciática por excelência, o veículo indispensável de todo o ensinamento tradicional”.

Ainda mais do que o Homem e seu devir segundo o Vedânta, onde as descrições foram racionalmente ordenadas e inevitavelmente conceitualizadas, o Simbolismo da Cruz representa a verdadeira linguagem de Guénon. [Jean-Pierre Laurant]

Excertos em espanhol (VIDE ÍNDICE ORIGINAL FRANCÊS)

René Guénon