Anthony Damiani: ASTRONOESIS [ADAN]
O mundo ou cosmo que evolve com as criaturas nele é portanto uma manifestação deste Nous nos céus como os antigos denominavam o Zodíaco. Nosso Sol sensível tomou seu lugar nesta ordem e através de seus poderes, os cosmocrators, articularam e manifestaram a ordem predeterminada contida nesta incompreensível inteligência, que é simbolizada pelos vários animais (Signos do Zodíaco). Uma alma individual em seu próprio direito, nosso Sol compreende a natureza destas inteligências através de seu intelecto e procede em desdobrar esta prodigiosa inteligência. Cada parte do todo (o sistema solar) — ou seja, cada planeta ou poder racional — pode ser considerada em seu próprio direito, ou pode ser considerada como parte do todo. Quando concebida como parte do todo, cada cosmocrator é um poder funcional da alma racional do Sol sensível.
Cada estrela é um sol, o corpo de uma alma divina, radiando sua inteligência no universo. Além do mais, as almas planetárias (cosmocrators) que funcionam para manifestar a sabedoria de um dado sol são divindades em seu próprio direito. (Enéada IV.4.27)
Cada sol tem um espírito solar… Cada orbe planetária de um tipo terrestre [tem] um espírito terrestre. O espírito de cada orbe está difuso em, e vive através de, seus reinos mineral, vegetal, anima e humano, e é uma entidade imortal, uma existência instintivamente consciente, indivisível e vivente, mas é sem personalidade humana, e assim abstratamente consciente de prazer ou dor, mas sem poder para determinar suas próprias sensações.
Dentro da esfera de cada mundo planetário solar, terrestre ou aromal, está uma alma-do-mundo, vivendo na vida de todas as suas criações distintas, e permeando igualmente suas atmosferas, suas águas, sua crosta material e seu centro eletro-ígneo. Estas almas-do-mundo compreendem a primeira família de Deus, e seu número é como aquele das Estrelas… Elas são órgãos absorvedores para o Espírito Divino; e, permeando cada seu próprio mundo, e vivendo em todas suas partes, distribuem através da matéria a vitalidade Divina. (T. Lake Harris)