O Zodíaco é o símbolo mais universalmente disseminado. Em todos os países e em todas as épocas explorados pela ciência histórica, se o encontra q1uase idêntico, com sua forma circular, suas doze subdivisões, seus doze signos levando os mesmos nomes, e seus sete planetas. Por toda parte está associado aos monumentos humanos mais importantes: estelas, templos, lugares onde se celebravam os mistérios e as iniciações. Isto parece indicar que entre os corpos celestes contemplados pelos homens uma importância particular estava ligada às doze constelações que deram seus nomes aos signos figurados sobre os diversos Zodíacos pelas mesmas imagens e nomes.
A palavra “Zodíaco” vem do grego ZOE = vida, DIAKOS = roda, ou seja, Roda da Vida. A palavra “zoe” é também a raiz de ZOON = animal. Certos signos do Zodíaco são representados por figuras de animais assim chamados, porque constituíam o primeiro reino “animado” da Natureza, em comparação com os reinos mineral e vegetal supostos ser inanimados. “Zoe” como “zoon” implicam no princípio do “movimento”; o nome grego ZODIAKOS significaria portanto a roda, o “Círculo” ou “ciclo do movimento da Vida” e exprimiria o ritmo de transmutação da Energia que se manifesta nos diferentes estados do Ser.
O princípio do Zodíaco ou movimento da Vida no tempo, se encontra na antiga figura do Ouroboros, a serpente se mordendo sua própria cauda, que “se tornou o símbolo de aion particularmente em ligação com a inscrição “en to pan” que indica a unidade de todas as coisas, quer dizer que tudo advém do Uno e retorna ao Uno, de sorte que AION se estende do Único ao Único” Hans Leisegang.
Por outro lado é dado da palavra “Zodíaco” a etimologia ZOE (grego) = vida, DIES (latim) = dia, ou seja, “Dia da Vida”, quer dizer um “período determinado da Vida” que, do ponto de vista humano, pode significar uma encarnação. O antigo dia era dividido em doze horas ou períodos de tempo. O Zodíaco tem doze signos ou subdivisões, postas ao redor do círuclo como as horas sobre o mostrador de um relógio. A origem da “manifestação” da Vida coincide com aquela do “tempo”.
Em sânscrito, o Zodíaco se denomina RASI-CHAKRA, de RASA = essência, seiva, e CHAKRA, que significa igualmente roda, disco, mas que tem também um sentido mais estendido. CHAKRA é derivado de SHAK = ser capaz, ter o poder de agir, e da raiz KRAM = se mover, sair de, emanar. “Chakra” é empregado entre outras formas para designar o “centro do mundo da manifestação diferenciada”, o Universo, um plexo nervoso, um centro de consciência, de vitalidade e de energia tattwica. A orgiem etimológica de Rasi-Chakra permite portanto interpretar a figura do Zodíaco como o símbolo do «Centro consciente e vivo da essência universal em movimento, se exprimindo em manifestação diferenciada por um ritmo involutivo-evolutivo». Além do mais, em um plano determinado e limitado do Ser, o círculo zodiacal, tal qual se apresenta em um momento dado do tempo, se aplica ao ritmo involutivo-evolutivo de um centro particular de Vida.
É provável que os símbolos pictoriais do Zodíaco, suas formas, seu número, suas disposições e suas relações exprimem as leis da energia formulando e formando o universo. Estes símbolos se relacionam ao mundo sideral. Mas além deste espaço e os corpos que aí se movem, tudo indica que os Antigos que nos legaram o Zodíaco tinham conhecimento da existência de formas de energias mais sutis dotadas de inteligência, das quais o céu e suas estrelas são as manifestações veladas e mais densas. Eis porque, sem dúvida, o culto dos astros sempre esteve associado nas religiões antigas ao culto dos deuses. Não era os astros mesmos que eram os objetos de adoração, mas certamente as forças das quais eles são o suporte e que se exprimem através deles. Para os antigos, os astros representavam o veículo dos deuses. Na metafísica hindu, os Deuses são centros de energia e de consciência.