Boehme (JBJC) – Da Encarnação de Jesus Cristo

JACOB BOEHME — DA ENCARNAÇÃO DE JESUS CRISTO

Estaremos apresentando nossa tradução de excertos desta obra, com base na excelente tradução francesa de Louis-Claude de Saint-Martin, publicada pela consagrada editora Sebastiani (1976).

A Encarnação de Jesus Cristo

Exposta em três partes:

I. Como o Verbo eterno veio a ser homem, e da Virgem Maria; quem ela era de nascença, e que mãe veio a ser pela concepção de seu filho, Jesus Cristo.

  • I Que a pessoa do Cristo, assim como sua encarnação, não podem ser reconhecidas pela sagacidade natural ou pela letra da Escritura Santa, sem iluminação divina. Da origem do eterno Ser divino.
  • II Manifestação da divindade pela criação, da essência divina, dos anjos e dos homens
  • III Porta da criação do homem
  • IV Do mundo e regime paradisíaco; o que poderia ter sido se homem permanecesse na inocência
  • V Da miserável, lamentável queda do homem
  • VI do sono de Adão, como Deus tirou dele uma mulher, como ele se tornou inteiramente terrestre, e como Deus lhe retirou o paraíso por maldição
  • VII Da semente prometida da mulher, que esmigalharia a cabeça da serpente
  • VIII Da virgem Maria, e da encarnação de Jesus Cristo filho de Deus
  • IX Da virgindade de Maria; o que ela foi antes da bendição, e o que ela se tornou pela bendição
  • X Do nascimento de Jesus Cristo, o filho de Deus; como igual a todas os filhos dos homens, ele permaneceu nove meses no corpo de sua mãe, e o que é propriamente sua homificação
  • XI Da utilidade. Para que serve, para nós, pobres filhos de Eva, a encarnação e o nascimento de Jesus Cristo, o filho de Deus
  • XII Da pura virgindade; como nós, pobres filhos de Eva, devemos, da pura e virginal castidade, ser concebidos na encarnação de Cristo e nascer de novo em Deus, caso contrário nós não veremos Deus
  • XIII Do homem duplo, ou seja o antigo e o novo Adão; como o velho e mau se comporta com relação ao novo: a religião, a vida e a de cada deles; por outro lado, o que cada um deles compreende
  • XIV Do novo nascimento; em qual substância, essência, ser ou propriedade, o novo nascimento ou o filho da virgem se encontra enquanto ainda jaz no velho Adão

II. Como devemos entrar nos sofrimentos, agonia e morte de Cristo; de sua morte, ressuscitar com ele e por ele; se tornar semelhantes a sua imagem e viver eternamente nele.

  • I Da origem da vida no fogo. Do eterno espírito na eterna virgem da sabedoria divina, e o que é eterno começo e eterno fim.
  • II A verdadeira e muito cara porta da Santa Trindade, o olho da eterna manifestação de vida. Da divindade fora da natureza
  • III Como, fora do princípio do fogo, Deus não é manifesto. Mais, do eterno ser e da vontade insodável
  • IV Do princípio e da origem do mundo de Fogo. Mais, do centro da natureza e como a luz se separa do fogo, de modo que dois mundos estão um dentro do outro, de eternidade em eternidade
  • V Do princípio em si mesmo, aquilo que ele é
  • VI De nossa morte. Porque devemos morrer, embora Cristo morresse para nós
  • VII Do ver espiritual, como um homem pode possuir, neste mundo, a ciência divina e celeste, para poder falar de Deus com conhecimento, e como seu ver é constituído
  • VIII A via de peregrinação da morte à vida
  • IX Várias outras particularidades da terceira citação, a considerar seriamente
  • X Da imagem de Deus no homem, ou da semelhança entre Deus e o homem

III. A árvore da cristã. Verdadeira instrução para o homem para se tornar um espírito com Deus, e sobre o que ele deve fazer para operar a obra de Deus. Reunindo, em resumo, toda a doutrina e toda a cristã. E mais, em que consistem a cristã e o ensinamento dignos deste nome. Uma porta aberta do grande segredo de Deus, seja da magia divina, através dos três princípios do ser humano.

  • I O que é a , e como ela é um espírito com Deus
  • II Da origem da , e porque a e a dúvida habitam juntas
  • III Da propriedade da , como ela passa da vontade de atração natural à livre vontade de Deus
  • IV O que é a obra da , como a vontade aí se comporta, e de sue condutor
  • V Porque os perversos não se convertem; o que há de mais doloroso na conversão. Dos falsos pastores. Como se deve entrar no reino de Deus. Da destruição do reino de Satã. Das três formas da vida, e aquilo que herdamos de Adão e do Cristo
  • VI O que pode a avidez: como caímos em Adão e nascemos de novo em Cristo. Porque não é fácil se tronar um verdadeiro cristão.
  • VII Para que fim este mundo e tudo o que nele se encerra foi criado;, de dois mistérios eternos. Do combate possante no homem para a imagem. Em que a árvore da cristã se enraiza, cresce e porta fruto.
  • VIII De qual maneira Deus perdoa os pecados, e como se tornar filho.

Jacob Boehme