RESUMO DO CAPÍTULO IV – OS SÍMBOLOS DO VERBO
- Os “Grafismos de Deus” estabelecidos com uma preocupação de síntese universal no pensamento e com um rigor matemático na execução são considerados pelos comentadores dos Livros Tradicionais, como a chave de todas as ideias e de todas as situações humanas, como o exórdio e o fim de todas as ciências, e como o arcano onde se deve buscar ao mesmo tempo a explicação de tudo que é desconhecido, a solução geral de todos os problemas, as regras de todas as políticas, as prescrições de todas as economias sociais e de todas as morais individuais.
- Desde então estes gráficos não são, em seu uso, apenas o “Desenho” perfeito de uma ideia geral abstrata e de uma entidade inconcebível ao homem atual. Eles constituem, com suas seis linhas indefinidas, como um portal metafísico onde vem se inscrever a harmonia eterna, e onde vem se pousar, para ter significação no concerto do universo, os acordes particulares a cada conhecimento do espírito humano.
- Os “Grafismos de Deus” são a “grade”, que posta sobre o texto informe, sublimiza dele as partes úteis, dele destrói as partes inertes, e faz, entre seus intervalos, sempre geridos da mesma maneira para todos os textos, brilhar aos olhos daqueles que sabem, as verdades necessárias, os arcanos diretores de todas as ciências e motores de todas as ações humanas.
- Compondo uns com os outros as “situações” dos “Grafismos de Deus”, estudando, isoladamente depois paralelamente, os traços que os compõem, obtém-se todas as ideias do cérebro e todas as luzes da consciência.
- Nas aplicações que deles se faz, estas situações se modificam, estes traços mudam de personificação e de objeto; neles e entre eles se manifesta o movimento perpétuo, resultado da atividade primordial, e a consequência da atividade potencial da Perfeição. Assim este movimento contínuo representa perfeitamente a série das modalidades transformadoras, que constituem, umas após as outras, a existência do universo tangível e perceptível, modalidades cuja fórmula tetragramática dá a causa profunda e a explicação formal.
- Cada um dos ideogramas e cada um dos traços dos ideogramas, participando do Princípio da Atividade, possui uma atividade própria, pela qual se move livremente, em conformidade com a via livremente consentida, da qual ele é uma das expressões e a única expressão imediata, no momento que dele se fala).
- Cada um dos traços na medida de e durante sua consideração, adquire uma personalidade, devida à manifestação de sua atividade particular. Logo parece lógico e sensato que o simbolismo intelectual e fonético lhes tenha dado a figura expressa de Toda Potência e de Toda Atividade, quer dizer a figura do Dragão, “mestre omnisciente dos caminhos da direita e da esquerda” (Phan-Khoatu, I).
- A Lenda do Dragão
- “Os dragões e os peixes tem a mesma origem; mas como, para cada um, o destino é diferente! O peixe não pode viver fora de seu elemento; basta que uma leve nuvem se abaixe em direção ao solo, e se vê o dragão se lançar nos ares”. Assim canta a décima-primeira estrofe da célebre balada “a Via alegre”, ao som da qual, na China, os velhos letrados sorriem, e as crianças pequenas se adormecem.
- A água que corre sobre a terra, dizem os velhos contadores de histórias, é semelhante à nuvem que voa no céu: a natureza de ambas é similar; só diferem na aparência. É a coisa importante, porque a umidade fecunda o universo, como a via do céu fecunda o pensamento dos homens. Nada é melhor, mais fugitivo, mas ativo, mais universal que a água: mas se suas ações não estão unidas, a água do céu nada pode sobre a terra, a água da terra nada pode sobre a nuvem do céu. Assim na água da terra o peixe, na água do céu o pássaro Hac (a cegonha simbólica e legendária) vivem separados e são imperfeitos.
- Se o temporal eleva as águas ou o calor do dia as faz evaporar; e se um leve nevoeiro cobre o solo, ou se um grande vento precipita as nuvens para a terra, então a união se faz das duas águas terrestres e celestes: o pássaro Hac desce em direção da terra como as nuvens, o peixe se eleva em direção dos céus como a água do rio; quando eles se encontram, o Hac empresta suas asas ao peixe, o peixe empresta ao pássaro seu corpo e suas escamas; no meio dos clarões dos trovões e entre as águas ruidosas aparece o Grande Peixe sobre o dorso do qual estão escritos os preceitos secretos da Lei. E quando seu dorso toca as nuvens que desceram, ele se torna o Longo Dragão e desaparece nos ares com as nuvens que o recobrem e o carregam.
- Pontos dignos de meditação da legenda do Dragão
- O céu e a terra fazem uma unidade, unidade por um veículo universal, que o sábio chinês tomou como símbolo a matéria mais sutil, o vapor d’água; infinitamente sutil, mas sempre material, este símbolo se assemelha a um dogma teosófico e também uma doutrina platônica, e com as asserções da escola gnóstica e de Clemente de Alexandria sobre a materialidade da alma humana.
- A Perfeição só existe pela união do Céu e da Terra, sendo somente nesta união que o Dragão se manifesta, e assim manifestado, desaparece nos ares. Este simbolismo se entende de dois modos: o universo está sempre em uma atividade extrema; a Perfeição não é visível aos olhos humanos nem inteligível ao espírito humano; desaparece se vista ou compreendida por nós, ela não é mais Perfeição. O Dragão é um símbolo que o homem imagina, mas que não existe para ele; mas existe realmente na união total realizada graças ao veículo universal.
- O que é na metafísica chinesa este Dragão simbólico? O que é este veículo universal, enquanto Aura do símbolo? É exatamente o Verbo, não apenas no espírito dos sábios e dos comentadores, mas na demonstração filológica ela mesma.
- O Logos platônico e alexandrino é sabido; o radical LOG se pronuncia forte e em sílaba longa. Assim é o nome do ideograma do Dragão: LONG, com O longo e N breve e surdo, e se pronuncia LOGUE (E mudo) na China central. Assim o Logos platônico e o Verbo do apóstolo João não tem representação mais imediata, nem simbolismo mais exato, que este Dragão universal e invisível, que do alto do Céu, cobre todas as filosofias orientais com sua sombra misteriosa.
TEXTO ORIGINAL
En composant les unes avec les autres les « situations » des Graphiques de Dieu, en étudiant, isolément puis parallèlement, les traits qui les composent, on obtient toutes les idées du cerveau et toutes les lumières de la conscience. Dans les applications qu’on en fait, ces situations se modifient, ces traits changent de personnification et d’objet ; en eux et entre eux se manifeste le perpétuel mouvement, qui est le résultat de l’activité primordiale, et la conséquence de l’activité potentielle de la Perfection. Ainsi ce mouvement continu représente parfaitement la série des modalités transformatrices, qui constituent, les unes après les autres, l’existence de l’univers tangible et peceptible, modalités dont la formule tétragrammatique (que nous étudierons au chapitre prochain) donne la cause profonde et l’explication formelle. Ainsi, chacun des idéogrammes et chacun des traits des idéogrammes, participant au vité, possède une activité propre, par laquelle il se meut librement, conformément à la voie librement consentie, dont il est une des expressions (et la seule expression immédiate, au moment où l’on en parle).
Il en résulte que chacun des traits, à mesure et pendant qu’on le considère, acquiert une personnalité, due à la manifestation de son activité particulière. Il paraît donc logique et sensé que le symbolisme intellectuel et phonétique (on verra plus tard la raison de ces adjectifs juxtaposés) leur ait donné la figure expresse de la Toute Puissance et de la Toute Activité, c’est-à-dire la figure du DRAGON, « maître omniscient des chemins de la droite et de la gauche » (Phan-Khoatu, I).
La Légende du Dragon. « Les dragons et les poissons ont la même origine ; mais combien, pour chacun, la destinée est différente ! Le poisson ne peut vivre hors de son élément ; mais qu’un léger nuage s’abaisse vers le sol, et l’on voit le dragon s’élancer dans les airs. » Ainsi chante la onzième strophe de cette célèbre ballade : la Vie joyeuse, aux sons de laquelle, dans tout l’Extrême-Orient, les vieux lettrés sourient, et les petits enfants s’endorment.
Elle allusionne la légende du Dragon, que nous citons parce qu’on y trouvera l’origine de la genèse mosaïste, la fiction sinaïtique de la loi, et peut-être aussi le symbole de la synthèse alchimique.
L’eau qui coule sur la terre, disent les vieux conteurs, est semblable au nuage qui vole dans le ciel : leur nature à tous deux est semblable ; seule leur apparence diffère. Et c’est la chose importante, car l’humidité féconde l’univers, comme la voie du ciel féconde la pensée des hommes. Rien n’est meilleur, plus fugitif, plus actif, plus universel que l’eau : mais si leurs actions ne sont pas unies, l’eau du ciel ne peut rien sur la terre, l’eau de la terre ne peut rien sur le nuage du ciel. Ainsi, dans l’eau de la terre le poisson, dans l’eau du ciel l’oiseau Hâc1 vivent séparés et ils sont imparfaits. Mais si l’orage élève les eaux ou que la chaleur du jour les évapore ; et si un léger brouillard s’abaisse sur le sol, ou si un grand vent précipite les nuées vers la terre, alors l’union se fait des deux eaux terrestres et célestes : l’oiseau Hâc descend vers la terre comme les nuages, le poisson s’élève vers les cieux comme l’eau du fleuve ; quand ils se rencontrent, l’oiseau Hâc prête ses ailes au poisson, le poisson prête à l’oiseau son corps et ses écailles ; au milieu des éclats du tonnerre et parmi les eaux mugissantes apparaît le Grand Poisson sur le dos duquel sont écrits les préceptes secrets de la Loi. Et aussitôt que son dos a touché les nuages abaissés, il devient le Dragon Long et disparaît dans les airs avec les nuages qui le recouvrent et l’emportent.
Je serais bien fâché de donner une explication à cette légende populaire, qui est plus claire que toutes les paraboles mosaïstes et que la légende judéo-chrétienne de la pomme. Les plus jeunes élèves, dans les écoles extrême-orientales, la commentent et la dépouillent de sa fable avec la plus grande facilité. J’imagine que cela ne sera aussi qu’un jeu pour les chercheurs occidentaux attentifs, qui me sauront bien plus de gré de les avoir invités à un petit travail personnel d’appropriation analogique, que d’avoir paru, par des éclaircissements oiseux, douter injurieusement de leur perspicacité.
J’appuierai cependant sur certains points dignes de méditation ; le ciel et la terre ne font véritablement qu’un, en réalité. A nos yeux ils sont unis par un véhicule universel ; et le Sage Chinois a pris, comme symbole de ce véhicule, ce qui peut sembler comme la matière la plus subtile, c’est-à-dire l’eau évaporée. Infiniment subtile, mais toujours matérielle, telle est la caractéristique du véhicule universel ; et le Sage Chinois se rencontre ici avec le dogme théosophique (ce qui n’a rien de surprenant, puisque les doctrines sont étroitement sœurs) et aussi avec la doctrine platonicienne, et avec les assertions de l’école gnostique et de S. Clément d’Alexandrie sur la matérialité de l’âme humaine.
Précisons aussi que la Perfection n’existe que par l’union du Ciel et de la Terre, que c’est dans cette union seule que le Dragon se manifeste, et que, aussitôt manifesté, il disparaît dans les airs. Ce symbole s’entend de deux façons : l’une est que l’univers est toujours dans une activité extrême ; l’autre est que la Perfection n’est pas visible aux yeux humains ni intelligible à l’esprit humain ; elle disparaît si elle est vue ou comprise par nous, elle n’est plus la Perfection. Ainsi le Dragon est un symbole que l’homme se figure, mais qui n’existe pas pour lui. Mais il existe réellement dans l’union totale réalisée grâce au véhicule universel.
Prenons donc ce symbole du Dragon, tout en le trouvant, si l’on veut, enfantin de langage ; mais conservons-le comme une image excellente, et comme une abréviation, commode dans les propositions métaphysiques.
J’ai dit plus haut qu’il était un parfait symbole intellectuel et phonétique. L’explication de la légende s’applique à l’intellectuel : le phonétique est plus curieux encore, et généralise et éclaircit toutes les données précédentes. Qu’est-ce donc au fond, dans la métaphysique Jaune, que ce Dragon symbolique ? Qu’est-ce donc ce véhicule universel, qui est comme l’Aura du symbole ? C’est très exactement le Verbe, non seulement dans l’esprit des savants et des commentateurs, mais dans la démonstration de la philologie elle-même.
On sait en effet ce qu’est le LOGOS platonicien et alexandrin. Le radical LOG se prononce fort appuyé, et en syllabe longue. C’est exactement le nom de l’idéogramme du Dragon. Celui-ci est LONG2, avec l’O long et l’N bref et sourd, et il se prononce LOGUE (E muet) dans les vice-royautés de la Chine centrale. Ainsi la philologie apporte son témoignage éclatant à la métaphysique. Il n’y a jamais eu qu’une vérité ; les symboles de cette vérité diffèrent, mais la prononciation de son nom même est partout identique. Et le Logos platonicien et le Verbe de l’apôtre Jean, que, sans bien l’approfondir, les chrétiens exaltent à la fin de tous leurs sacrifices, n’ont pas de représentation plus immédiate, ni de plus exact symbolisme dans toute l’humanité, que cet universel et invisible Dragon, qui, du haut du Ciel, couvre toutes les philosophies orientales de son ombre mystérieuse.
Khièn : L’action du ciel, c’est l’activité. L’homme doué l’imite en s’efforçant sans cesse. (Yiking : Commentaire traditionnel de Tsheng-tse et de Confucius sur le premier hexagramme).
L’homme doué, dont il est fait mention tout au long du Yiking, et pour l’usage duquel les préceptes du Yiking ont été formulés, constitue une expression spéciale aux races jaunes. Il serait facile — et d’autres l’ont fait — d’entasser des volumes de commentaires sur cette expression, pour en déterminer la valeur exacte. Ainsi trouve-t-on, en d’autres langues, les Initiés, les Mages, les Grands Prêtres, les Francs Juges, les Saints, les Bienheureux, les Mahatmas et d’autres termes encore. Tenons-nous, en ce qui concerne l’homme doué, à la définition simple et sage de la Tradition Chinoise. L’homme doué, dit-elle, est un terme de scholastique qui correspond à un état de perfectionnement inférieur à la perfection et supérieur à la sagesse. Sachons nous contenter, au moins au point de vue de l’expression, de cette définition élastique ; concevons, qu’il y a plusieurs stases dans l’état de l’homme doué ; et ne demandons qu’aux circonstances de nous dire, pour chaque cas particulier, à quelle étape, intellectuelle et psychique, l’homme doué est parvenu sur la route de la perfection.
La raison d’être, dit Tsheng-tse, n’a pas de forme visible, aussi on emploie une image pour éclairer le sens. C’est ainsi que, comme le dit la légende, le Dragon, à travers le véhicule universel, monte dans les six traits du Khièn, où il occupe six positions différentes, et donne, à son passage, un sens à chacun des traits, exactement comme une série acoustique, au moment où on l’inscrit sur une portée musicale, donne un accord harmonique, dont elle est, comme expression, le seul propriétaire, mais dont les lignes de portée sont le traducteur et le véhicule.
Il y a donc autant de portées humaines qu’il y a d’hexagrammes, c’est-à-dire soixante-quatre. Examinons en détail le « passage du Dragon » à travers le Khièn, hexagramme de la perfection en soi. Non seulement ce sera un exemple analogique bon à suivre pour l’explication métaphysique des autres hexagrammes ; mais, et surtout, c’est du premier hexagramme que les mages et philosophes chinois ont, dans toutes les branches de la sagesse humaine, tiré leurs principaux et leurs meilleurs enseignements3.
Le Dragon « intelligence dont les modifications sont illimitées, symbole des transformations de la voie rationnelle (tao) de l’activité exprimée par Khièn » (Yiking : chap. I, § 8, commentaire de Tsheng-tse) se pose sur le premier trait (trait inférieur et positif, puisqu’il est, comme tous ceux de l’arcane, sans solution de continuité) ; et il représente « le point de départ du commencement des êtres ». C’est le « Dragon caché ».
L’extrême activité de la Perfection ne se produit pas, ne se révèle encore par aucun acte de volonté, par aucune pensée même ; elle est donc cachée, c’est-à-dire inintelligible à l’homme. C’est la période du non agir. Et par le mot « période » il faut entendre l’idée de l’état métaphysique, comme, par le mot « situation », il faut entendre le « lieu géométrique », toutes les conceptions devant être ici indépendantes des relativités du temps et de l’espace.
Posé sur le second trait, le Dragon émerge : l’activité commence à se faire sentir sur la surface de la terre : c’est le « Dragon dans la rizière ». L’extrême activité du ciel ne se manifeste point encore, mais l’homme saisit qu’elle existe, de même qu’un être dans la rizière est caché par les riz, et qu’on ne le voit point, mais que l’on sait qu’il est là à cause de l’ondulation de la surface à son passage. On remarque ici que le second trait est le trait médian du trigramme inférieur, qu’il est donc, pour ainsi dire, le résumé de son expression générale : on remarque aussi qu’il y a un sens à extraire de sa comparaison avec le trait médian du trigramme supérieur, qui est son sympathique (système des correspondances). Ce sens donne la tendance générale de l’hexagramme. Les deux traits correspondants étant ici tous deux positifs, il en résulte que le sens du Khièn est renforcé, c’est-à-dire que l’activité du ciel est extrême, continue, éternelle, et que le Ciel n’est pas concevable en dehors de l’idée de son activité. C’est ce que nous avions déjà fait ressortir dans un précédent chapitre ; et, ici comme ailleurs, les significations de la portée symbolique des six traits viennent corroborer les principes, déjà connus, de la métaphysique et de l’expérimentale.
Cette seconde situation se résume parfaitement par cette comparaison de Shiseng : « L’éther positif commence à engendrer, de même que la lumière du soleil commence à éclairer toutes choses, avant que celui-ci paraisse à l’horizon. »
Posé sur le troisième trait, le Dragon se manifeste ; il est sur la situation supérieure du premier trigramme : c’est le moment de la légende où, montant au sommet des eaux mugissantes, il va s’élancer, et paraître en réalité ce qu’il est. Si les écailles du Dragon sortent des eaux, alors l’homme connaît la science et la loi. C’est le « Dragon visible ». L’incessante activité, arrivée en haut d’un trigramme, remonte l’abîme qui la sépare du second trigramme. Il y a matière à grande circonspection. Et nous appliquerons immédiatement ce conseil tel qu’il est donné. Il y a délicatesse et danger à « voir le dos du Dragon », c’est-à-dire à connaître la Science et la Loi, si on n’y est pas suffisamment préparé par les états antérieurs. (Cf. l’état édénique et la légende du fruit défendu). C’est là, la volonté d’expansion de tous les êtres, très parfaite puisqu’elle est le couronnement de l’activité, mais très dangereuse, puisqu’elle peut aboutir à la multiplicité, c’est-à-dire aux formes et à la désunion.
Posé sur le quatrième trait, le Dragon tend à quitter le monde, c’est-à-dire à disparaître, puisque, étant manifesté, il deviendrait, s’il demeurait, intelligible à l’homme, et ne serait plus la Perfection en soi ; mais il ne s’envole point encore ; « il est comme le poisson qui saute hors de l’eau, avec la volonté, mais sans les moyens de disparaître : c’est le Dragon bondissant, également prêt à s’effacer dans l’éther des espaces célestes et dans les profondeurs des gouffres, où se trouve le lieu de son repos ». (Yiking, ch. I, § 14 ; commentaire de Tsouhi.)
L’incessante activité, à l’extrémité du bond, peut prendre les ailes du Dragon et disparaître en haut, ou conserver les nageoires du poisson et disparaître en bas : il y a donc liberté d’avancer ou de reculer. C’est ici le symbole de la liberté et de l’indépendance avec lesquelles l’univers se meut et entre dans sa voie (Tao). La situation est indéterminée ; mais quelqu’en soit la solution, on voit que le véritable but du mouvement de l’activité est le repos absolu, qui est au-delà des forces humaines. (C’est le Nirvana, intelligible, mais inaccessible à l’être humain que nous connaissons.)
Posé sur le cinquième trait, le Dragon, entièrement manifesté, agit dans sa plénitude et régit le monde. Il a quitté la terre pour disparaître, mais sur le point d’arriver aux limites, il n’a pas encore disparu, et son influence bienfaisante se répand partout ; c’est le Dragon volant, qui, dans cet instant, procure par sa seule vision, l’âge d’or de l’humanité. C’est là l’expansion heureuse de l’Univers dans la Totalité qui ne cesse point d’être l’Unité. L’extrême activité fait cette totalité : la présence du Dragon fait cette unité : et, pour parler un langage moins métaphysique, la création existe tout entière, mais elle n’a point de formes.
Rappelons ici que le cinquième trait est le trait médian du trigramme supérieur, et qu’il est correspondant sympathique du deuxième trait : et remarquons que le deuxième trait est une volonté d’action non formulée, et que le cinquième trait est cette action non formelle.
Posé sur le sixième trait, le Dragon disparaît ; « la hauteur convenable, dit Tsouhi, est dépassée, l’extrême unité est atteinte, il y a excès d’élévation ». Bien entendu, ce commentaire ne doit s’entendre que par rapport à l’univers visible. C’est là le « Dragon planant » qui commence à disparaître ; et avec lui commence à disparaître aussi cette stase de perfection absolue, qui apportait avec elle ce regret de l’impossibilité de son maintien (à cause tout à la fois de la perfection relative et de l’extrême activité du ciel). « Ce qui est complètement achevé, dit Confucius, ne peut durer longtemps. » Et ainsi l’homme est si imparfait que l’idée même de la perfection amène avec elle la crainte de la perdre. C’est ici la création tangible, ou mieux la divisibilité de l’unité par la multiplication des formes, et l’établissement de la dualité relative de la perfection passive, intelligible à l’homme, par la disparition du Dragon qui symbolisait l’Unité à travers le véhicule universel. C’est la stase actuelle que nous traversons, dans le cycle auquel appartient notre humanité. Et le regret de cette humanité engendre son désir unique, que les psychologues peuvent nommer le besoin d’idéalisme, et qui est en somme le désir de rentrer dans l’état d’unité, de remplacer la perfection passive par l’active que nous ne comprenons point, mais dont nous savons la nécessaire existence, le désir, en un mot, de revoir le Dragon4.
Telle est l’harmonie métaphysique inscrite sur la partie formée par le premier hexagramme du Yiking. Il faudrait faire un volume pour en déduire, sur ce plan même, toutes les données des sciences conséquentielles, Genèse, Création, Cosmogonie, Théogonie, Théologie, Ontologie, Synthèse universelle, origine des Lois humaines, etc., etc. Nous n’avons garde d’entrer dans ces longueurs et dans ces commentaires. Un tel travail, qui, une fois la base donnée de la connaissance, est relativement facile, doit être laissé, comme un intéressant exercice et aussi comme une gymnastique méritoire, à l’intellectualité des chercheurs, dont la mentalité deviendra, à l’aide de ces recherches, plus adéquate à la mentalité requise pour comprendre tout le sujet, et plus apte à survivre, dans leur méthode synthétique, les développements qui suivront.
Mais, comme nous l’avons dit au commencement, il n’est pas que l’accord métaphysique qui se vient plaquer sur la portée de l’hexagramme de la perfection. Il y a toutes les sciences en dehors de la métaphysique et de ses sœurs cadettes ; il y a la politique, l’économie sociale, la morale, la divination ; et chacune, par un travail analogique, trouve, au long de cette portée, et en suivant la « marche des six Dragons », des solutions propres à satisfaire tous les besoins intellectuels de notre humanité. Voyons, par exemple, en quelques lignes, comment l’initié trouve ici des règles pour sa conduite de mage, pour sa spéciale ascèse.
Dragon caché. — L’homme doué doit régler sa conduite d’après l’activité du ciel ; l’homme doué n’étant pas encore instruit, la volonté du ciel est cachée à son œil insuffisant : il demeure donc enveloppé dans sa gangue de mortel imparfait. L’homme doué doit donc méditer, se taire, et tâcher de se développer dans l’étude et la contemplation. S’il agissait pendant que le dragon est caché, il ne donnerait pas sa mesure, et tomberait dans une erreur qui serait préjudiciable à son avenir.
Dragon dans la Rizière. — L’homme doué est conscient de sa vertu, mais ne peut encore quitter la terre5. Il améliore peu à peu les êtres par son enseignement ; mais il ne lui est pas encore permis, ni de commander, ni de se manifester. Il doit seulement s’attacher à suivre la fortune et l’exemple des Mages qui le précédèrent.
Dragon visible. — L’homme doué, placé dans une situation inférieure à ses mérites, court un danger ; il doit agir avec circonspection ; car il s’attire par sa vertu la sympathie de l’univers, et, par cette sympathie, la haine de ses supérieurs. Mais qu’il se retire ou qu’il demeure, qu’il prenne toujours soin de suivre la voie normale (tao).
Dragon bondissant. — Quand l’homme doué agit, ce n’est jamais sans rapport avec le moment où il agit. Il a donc augmenté ses mérites et sa vertu pour être distingué à un moment précis et déterminé ; il est libre d’avancer ou de reculer ; il a conservé toute sa liberté ; il peut édifier par une vertu éclatante, comme il peut redescendre dans une humilité méritoire ; dans cette situation, il doit s’inspirer des circonstances.
Dragon volant. — L’homme doué occupe la situation supérieure qui lui convient ; arrivé aux hauts sommets de l’intelligence, il est doux de regarder, au-dessous de soi, l’homme également doué de vertu, pour l’aider de ses exemples, et pour l’associer à sa puissance. Quand on est dans la plénitude de ses moyens, il faut agir.
Dragon planant. — La beauté infinie est difficile à conserver. Aussi l’homme doué doit-il savoir avancer et reculer à temps pour ne jamais s’exposer à la perdre. Il ne faut jamais commettre d’excès dans ses actions, même bonnes.
De même, par la marche des Dragons, sont déterminées, en politique, la voie du Prince et la voie du sujet. Nous en réservons l’explication pour des considérations ultérieures. Et, pour terminer un exposé qui pourrait se prolonger indéfiniment, donnons, sans commentaires, les six apophtegmes courts, simples et nourris, par lesquels Confucius, avec sa netteté et sa concision ordinaires, détermine, sur la marche des Dragons, la conduite normale du simple citoyen. Cette citation donnera une idée parfaite de la façon dont les sages chinois entendent la loi morale.
1° Ne pas changer selon le siècle ; ne pas s’attacher à la renommée ; fuir le monde ; n’avoir pas de chagrin de n’être pas apprécié ni connu des hommes.
2° Bonne foi dans les moindres paroles ; circonspection dans les actes ; être en garde contre le mensonge ; améliorer, sans s’en vanter, son siècle, par sa vertu transformatrice.
3° Occuper une situation élevée sans s’en enorgueillir ; occuper une situation inférieure sans s’en plaindre.
4° Perfectionner ses aptitudes ; profiter du moment opportun.
5° Agir, et, par son action, sauver l’univers.
6° Se garder d’être trop noble pour avoir une occupation, et d’être trop élevé pour avoir des amis.
La grue symbolique et légendaire. ↩
Je renvoie les curieux de philologie au texte même du Yiking, que l’on trouve dans la traduction Philastre (Annales du Musée Guimet) et aux graphiques et grammaires du Père S. Couvreur, S.J., missionnaire du Tcheou-li, imprimés à Hokien-fou en 1884, et qu’on trouve encore assez fréquemment à Paris. ↩
A chaque situation du Dragon, se rappeler le voyage de la Légende. ↩
Il demeure entendu que le symbolisme du Dragon, tel qu’il est expliqué ici, est en dehors du temps et de l’espace, au-dessus des individus, et applicable seulement aux synthèses. Le prochain chapitre indiquera le symbolisme de leur marche, par rapport à ce qu’on appelle, en Occident, la création de l’Univers visible. ↩
On est libre de donner à cette proposition toute la valeur psychique que l’on voudra. ↩